Tempo est. de leitura: 16 minutos Atualizado em 14.12.2022

Os prejuízos causados pelos vazamentos de dados impactam desde a reputação da sua marca até a performance financeira do seu negócio. Por isso, vale se perguntar: a sua empresa tem uma área de segurança da informação consolidada para todos os aparelhos?

Quando pensamos na quantidade de informações que um dispositivo móvel é capaz de carregar e, ainda, os arquivos que podem ser armazenados na nuvem, o cuidado com esses dados deve ser redobrado.

A maior preocupação é em relação ao seu conteúdo, que além de conter dados pessoais, concentra, muitas vezes, informações das empresas de seus usuários.

Logo, implementar ações para fortalecer a segurança da informação é essencial para o desenvolvimento sustentável da empresa.

Pensando nesses aspectos, vamos explicar os riscos do vazamento de dados, a razão pela qual eles acontecem, quais são as boas práticas para proteger a empresa e também as pessoas desses riscos. Boa leitura!

Quais os riscos que traz o vazamento de dados?

Há uma série de riscos que o vazamento de dados pode trazer. Muitos deles são muito perigosos tanto para o portador de um dispositivo móvel como para a empresa na qual ele trabalha.

Para se ter uma ideia desse problema, o Brasil é o 6º com maior número de vazamento de dados, segundo dados da Surf Shark, empresa de privacidade e segurança digital.

Entrando em mais detalhes, isso significa que, durante os meses de janeiro e novembro de 2021, mais de 24 milhões de brasileiros tiveram informações expostas no ambiente on-line.

Com esses dados públicos, muitos problemas podem ser sentidos tanto pelos usuários como pelas empresas. A seguir, vamos apresentá-los

Dados confidenciais se tornarem públicos

Alguns dados relacionados a estratégias de uma empresa ou mesmo a seus sistemas, quando invadidos, podem comprometer práticas relacionadas ao trabalho de uma corporação — como tornar públicas ações sigilosas.

Quando acontece um vazamento, o principal alvo são as informações de identificação pessoal. Por essa razão, é interessante entender que, em relação às pessoas, ou seja, dados sensíveis do cliente, diferentes conteúdos de valor estão sujeitos, como:

  • Documentos com CPF, RG e carteira de habilitação;
  • Informações de contato, como endereços e telefone;
  • Registros de saúde, como resultados de exames e prontuários;
  • Credenciais de acesso, a exemplo de senhas de login.

Acesso às informações bancárias

Um dispositivo que não tenha uma proteção adequada pode facilitar o acesso a senhas bancárias. Sendo assim, dados sigilosos podem ser expostos a terceiros, tornando o usuário vulnerável com o risco de ter os valores bancários transferidos de sua conta.

Isso é um problema de exposição de dados de muitos indivíduos, já que, além das informações financeiras, muitas vezes outros tipos estão relacionados a eles. Essa situação vale também para as empresas, que têm seus dados expostos, o que compromete sua gestão financeira.

A partir daí, é possível que esses dados bancários sejam usados para fins fraudulentos. Qualquer pessoa que tenha acesso pode usar os dados para se passar pelo titular da conta e gastar seu dinheiro sem nenhum obstáculo, gerando prejuízos materiais para a companhia.

Acesso à nuvem de um ambiente corporativo

É muito comum que as empresas utilizem, em grande escala, os dispositivos móveis para variadas práticas, como para acessar de qualquer local seus sistemas e dados armazenados em nuvem.

Sendo assim, um smartphone, por exemplo, que seja utilizado tanto para fins particulares quanto para uso corporativo deve ser protegido de várias formas. Afinal, se cair em mãos erradas, pode colocar em risco as informações confidenciais de uma empresa.

Desta forma, o vazamento de dados pode levar à divulgação de conteúdos importantes sobre as estratégias de uma empresa. Como resultado, a concorrência ganha uma vantagem.

Chantagens e extorsões

Outro risco do vazamento de dados também pode ser chantagens e extorsões. Como o cibercriminoso tem acesso aos dispositivos e às informações dos aparelhos, ele pode chantagear a vítima, nesse caso, muitas vezes, uma empresa, com grande capital.

O mais comum é obrigar a vítima a pagar um resgate financeiro alto para ter todos os dados — e o seu acesso — de volta.

No entanto, ainda que a empresa se comprometa a pagar o valor, isso não garante, de fato, que o hacker irá devolver os acessos e não comercializar para terceiros.

Problemas de reputação

Eventos como esse são muito propícios para destruir a imagem de uma empresa. Um acidente, principalmente sendo de grandes proporções, vai fazer com que a empresa não seja mais vista como segura.

Sendo assim, se uma empresa que cuida de dados financeiros de milhares de clientes tiver seus sistemas invadidos, é bem provável que os usuários saiam desse banco para procurar outro.

Esse é um processo natural, pois o vazamento de dados indica que a empresa, em algum nível, não foi capaz de proteger os dados de seus clientes. Logo, é um efeito colateral ter a redução da confiança por parte dos consumidores.

Risco de penalização pela LGPD

Em último lugar, há também o risco de receber multas de acordo com a LGPD, ou seja, a Lei Geral de Proteção de Dados, vigente no país desde 2020.

Dependendo dos tipos de dados que foram vazados, a empresa pode estar sujeita a uma multa de até 2% de sua receita bruta anual — limitada a R$50 milhões. Isso sem contar com a multa diária.

O valor da multa depende da gravidade da violação e dos danos que ela causou às pessoas que tiveram dados vazados. Em alguns casos, a empresa também pode ter que pagar uma indenização a qualquer indivíduo que tenha sofrido danos por causa do vazamento.

Por que esses vazamentos ocorrem?

Os vazamentos aumentaram na mesma medida que passou a se digitalizar um maior número de registros e documentos em ambientes virtuais integrados.

E com isso, a internet também se tornou um grande vetor desse processo — que, inclusive, a cada ano atinge maiores números de pessoas. Segundo dados da pesquisa TIC Domicílios 2021, 82% da população brasileira possui acesso à internet.

A partir dessas possibilidades, se consegue armazenar um volume de informação muito superior ao de antes e, claro, eles ficam mais suscetíveis a ataques de todos os “lados”.

O principal ponto é que, com isso, os conteúdos passam a ter grande valor, o que os torna muito interessantes para os hackers. Isso significa que os dados podem valer dinheiro — por meio da extorsão, como falamos —, sendo a principal razão desses ataques.

Além disso, há outras origens para esse vazamento, como a possibilidade desse problema acontecer por negligência de funcionários ou erros do próprio sistema.

8 boas práticas para proteger sua empresa contra o vazamento de dados

Para evitar todos os riscos que falamos acima, é fundamental que a empresa tenha uma postura proativa diante disso. Veja quais são as boas práticas para isso!

Consolidar uma área de segurança da informação

O primeiro passo para garantir precisão no controle e no gerenciamento de dados do seu negócio é a implementação de um departamento de Tecnologia da Informação focado na segurança.

A área de TI está diretamente ligada aos dados, uma vez que todos passam pelos sistemas de informações do negócio.

Profissionais especialistas no assunto vão saber implementar as melhores estratégias de seguridade de dados, conforme o cenário do seu negócio considerando variáveis, como o orçamento disponível.

Por isso, se a sua empresa ainda não tem uma área de segurança de TI, agora, é indispensável começar a construí-la.

Adotar uma política interna para a gestão de dados

Você já ouviu a seguinte expressão: “o óbvio precisa ser dito”? Basicamente, ela diz que algo que pode ser claro para você pode não ser para outra pessoa.

Por isso, para evitar o vazamento de dados, é fundamental que a sua empresa adote uma política interna para a gestão das informações.

Esse documento deve informar quais são as diretrizes da empresa no tratamento de dados e apontar quais são as boas práticas implementadas, além de orientar os colaboradores em relação à sua conduta.

É interessante que essa política se alinhe à cultura da empresa e à Política de Ética e Conduta Empresarial e o documento precisa ser compartilhado com todos os colaboradores.

O alinhamento das expectativas é primordial para que as estratégias implementadas tenham eficácia. Outro detalhe é que fazer um benchmarking com outros negócios pode ajudar bastante a sua organização na hora de construir a sua política de gestão de dados.

Treinar os seus colaboradores de forma contínua

A capacitação é a melhor forma de garantir que as estratégias para evitar o vazamento de dados obtenham o resultado esperado.

É preciso fazer o treinamento da sua política de gestão de dados no momento do onboarding de novos colaboradores, além de implementar sessões de capacitação, de reciclagem e de atualização.

Para fazer com que esse processo desperte o interesse dos talentos, uma dica interessante é adotar a estratégia da gamificação para o compartilhamento do conteúdo.

Essa técnica torna o aprendizado menos doloroso, fazendo com que as informações sejam absorvidas de forma natural.

Configurar atualizações automáticas de software

A automatização de processos na TI é um recurso poderoso em diversas rotinas do negócio. É possível configurar atualizações automáticas de software por meio da rede corporativa.

Os computadores que estão conectados a ela recebem a informação, e o usuário prossegue com a reinicialização do equipamento para concluir as atualizações.

Isso é interessante porque é possível que as ações de segurança de dados sejam aplicadas, inclusive, em computadores da empresa que estão fora do local de trabalho.

A tecnologia VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual) permite que os seus colaboradores tenham acesso à rede corporativa de casa. Basta que eles tenham acesso à Internet.

No cenário em que o trabalho remoto é tendência, isso merece destaque. Afinal, a organização consegue executar as mesmas rotinas operacionais possíveis no ambiente corporativo, com a seguridade necessária.

Claro que, com as máquinas atuando em vários locais, a sua área de segurança de TI deve estar sempre implementando novas ações para reforçar a proteção aos dados.

Investir em ferramentas que usem o cloud computing

A tecnologia cloud computing (computação em nuvem) revolucionou as rotinas operacionais. Por meio dela, hoje, é possível utilizar diversos softwares essenciais para a operação do negócio sem precisar sair de casa.

Basta ter um equipamento com acesso à internet e, é claro, o usuário e a senha para acessar a aplicação. Isso permitiu à empresa uma redução de custos enorme com equipamentos de TI.

Outro ponto de destaque é a segurança proporcionada pelo cloud computing. A computação em nuvem é uma das tecnologias mais seguras que temos. Inclusive, ela está por trás de diversas soluções em cibersegurança.

Ao implementar a transformação digital no seu negócio, busque sempre aplicações que usem essa inovação tecnológica.

Ter uma rotina de auditorias para a segurança de dados

A sua empresa tem certeza de que não há nenhuma informação sensível caindo em mãos inadequadas?

Quando temos um escândalo de vazamento de dados, como foi o que aconteceu com o Facebook há alguns anos, por exemplo, fica claro que existem falhas na segurança de TI do negócio. Mas e quando os dados são vazados aos poucos de forma criminosa?

Muitas vezes, o cliente fica se perguntando o que pode ter acontecido. Pensa que foi hackeado e que o problema está em algum acesso dele, mas os dados foram roubados do seu negócio.

Por isso, tenha um cronograma de auditorias para garantir a eficácia das estratégias de segurança de dados.

Seguir as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados

Essa Lei foi inspirada no GDPR (General Data Protection Regulation, ou Regulamento Geral de Proteção de Dados), aplicado pela União Europeia. A instituição de uma Lei de Proteção de Dados no Brasil traz maior credibilidade aos negócios nacionais.

Além dos clientes se sentirem mais seguros e confiantes ao criarem um relacionamento com uma marca, a reputação das empresas brasileiras no mercado externo é favorecida. Dessa forma, os nossos negócios se tornam atrativos para os investidores estrangeiros.

Você sabe como a LGPD interfere na gestão dos dispositivos móveis? Leia nosso e-book e descubra!

Implementar um gerenciamento de dispositivos móveis

Mobilidade é a palavra da vez. Dispositivos como notebook corporativo, smartphones e tablets trazem mais mobilidade para os funcionários, que podem trabalhar de forma remota.

Com as rotinas em home office, muitas empresas disponibilizam esses equipamentos para atender às necessidades do trabalho a distância. Nesse cenário, além da proteção dos dados, outro detalhe ganha destaque: o controle dos ativos móveis da empresa.

Esses itens são onerosos para a organização, essenciais para as atividades dos colaboradores e alvos de furtos e roubos, deixando as informações expostas a criminosos.

O gerenciamento de dispositivos móveis é uma solução necessária para evitar custos desnecessários e situações propícias ao vazamento de dados.

Como se proteger contra o vazamento de dados?

A maior preocupação ao perder um celular é saber que qualquer pessoa poderá ter acesso às informações contidas no aparelho. Na maioria das vezes, os aplicativos facilitam para que qualquer indivíduo possa navegar sem maiores problemas.

Diante disso, é de fundamental importância que as pessoas, de forma individual, também tomem alguns cuidados básicos para garantir a segurança e sigilo de dados. Veja quais são eles!

Bloquear a tela de seu smartphone

Muitas vezes, em razão de mais praticidade, não bloqueamos nossos aparelhos, visto que digitar uma senha leva alguns minutos a mais.

No entanto, essa medida simples pode lhe salvar em muitas situações, principalmente em caso de perda. O bloqueio pode ser feito por meio de uma senha numérica deslizante ou por código PIN.

Utilizar recursos remotos

Essas soluções não são tão comuns, mas aos poucos estão ganhando mais visibilidade dos usuários de smartphones que buscam proteção para seus dispositivos. São muito utilizados em casos de aparelhos perdidos.

Os usuários do sistema iOS têm à sua disposição um recurso denominado “Buscar Meu iPhone”, que possibilita identificar o local onde o aparelho se encontra.

No entanto, o sistema não se limita a informar a localização do dispositivo, ele faz mais que isso: trava impedindo o acesso de estranhos aos dados. 

Ao mesmo tempo, envia uma mensagem para que a pessoa que tenha encontrado o smartphone entre em contato com o proprietário.

O iOS conta também com a funcionalidade “Apagar Aparelho” que apaga todos os dados do smartphone, evitando que informações importantes caiam em mãos mal intencionadas.

No caso de dispositivos Androids, existe um sistema remoto similar ao da Apple. O Gerenciador de Dispositivo Android é capaz de revelar a localização do aparelho no caso de roubo ou perda.

Além disso, ele também tem a alternativa de apagar os dados do dispositivo. No entanto, vale destacar que o GPS do aparelho deve estar ativado, do contrário não será possível encontrá-lo em caso de perda.

Fazer backup de seus arquivos

Fazer backup de dados e arquivos importantes é uma prática muito utilizada e que garante a segurança das informações. Tanto em casos de roubo ou perda, como naqueles relacionados a problemas técnicos com o dispositivo.

Os aparelhos Android recebem do Google a proteção dos dados contidos nos apps, bem como em senhas de rede Wi-Fi, preferências do dispositivo, entre outras.

Para a ativação desta funcionalidade, basta acessar as Configurações e ir em Backup e Restauração. Assim, essas informações ficarão armazenadas na nuvem.

A Apple conta também com essa funcionalidade, bastando o usuário ir nas configurações do iCloud e acessar armazenamento, e backup.

Criptografar seus dados

A criptografia de dados é a forma mais eficaz de segurança de dados. Trata-se de um nível mais avançado de proteção da informação capaz de inibir a ação de hackers. Ela é utilizada por quem tem arquivos de grande importância em dispositivos móveis.

Na maioria dos smartphones, essa função pode ser ativada acessando as configurações do aparelho, optando por codificar o dispositivo. É possível também criptografar apenas o cartão de memória.

No entanto, quem opta pela encriptação de dados enfrenta a desvantagem da lentidão do sistema em algumas operações — visto que todas as informações serão codificadas antes do acesso.

Configurar seus aplicativos

Os aplicativos contam com recursos de segurança que evitam o acesso de qualquer pessoa a suas informações ou mesmo alguma postagem indesejada em sua página.

Exemplo disso é o Facebook que conta com recursos de segurança, como “Onde você está conectado”. Para ter acesso basta acessar “Configurações”.

O vazamento de dados pode ser dificultado por ações dos usuários, mas deve ser sempre uma preocupação absoluta das empresas. E para isso, apostar em sistemas de gestão de dispositivos móveis será uma das maneiras de aumentar essa segurança.

Com a Urmobo, você garante o controle dos ativos móveis da sua empresa, com tecnologia de telemetria, permitindo a localização dos aparelhos. E por meio da opção de bloqueio remoto dos equipamentos, é possível reduzir as chances de vazamento de dados.

Aproveite para revolucionar a segurança de dados do seu negócio: experimente a nossa ferramenta gratuitamente durante 15 dias!

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Urmobo Team Urmobo

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